quarta-feira, 30 de setembro de 2015

POR QUE ADOECEMOS


A doença é provocada por agentes físicos que alteram o funcionamento normal do
corpo. Todas as vezes que a saúde for perturbada, é sinal de que existem elementos
físicos interferindo nas atividades biológicas.
As causas orgânicas das enfermidades podem ser tanto os fatores externos que se
alojam numa determinada parte do corpo, prejudicando-o, quanto as atividades do
próprio organismo que se alteram, perturbando a ordem biológica ou, ainda, alguma
lesão provocada por acidente.
Portanto, não existe um estado corporal alterado sem ter havido algum fator da
esfera física gerando tais alterações biológicas.
A ciência médica tem identificado cada vez mais os agentes desencadeadores das
doenças e, com isso, combatido inúmeras enfermidades. A identificação dos males
físicos tem sido um dos principais desafios da classe científica. Para conseguir
combater, é preciso conhecer o tipo de distúrbio que o corpo apresenta. Somente a
partir disso, é possível prescrever um tratamento que combata o mal que aflige o corpo.
O fato de a medicina ainda não ter descoberto a origem de determinada doença
não significa que não haja um pro cesso orgânico causando tais alterações biológicas.
Conforme: a tecnologia se aperfeiçoa, mais ela se aproxima da cura das doenças.
A óptica metafísica aponta a condição interna da pessoa como a raiz dos males
físicos. No entanto, ela não contesta a existência de agentes orgânicos ou inorgânicos
presentes num organismo doente.
Mas o fato de existir determinadas condições físicas provocando as doenças não
significa necessariamente que há falhas no sistema biológico, casualidade ou, mesmo;
façanhas do oportunismo de vírus ou bactérias que se alojam no organismo, mas, sim,
debilidade do corpo ou incapacidade de se defender dos invasores.
Segundo a óptica metafísica, as doenças refletem algumas condições emocionais
desarmônicas, que são geradas pelos conflitos interiores. A verdadeira causa das
enfermidades está no interior da pessoa, em sua condição psiquemocional e,
principalmente, no sentimento do doente.
Esses processos interiores enfraquecem o corpo, deixando-o vulnerável às
invasões ou mesmo às alterações nas funções biológicas, originando as doenças. O
corpo somente é afetado por algum mal físico se existirem conflitos interiores
provocando sentimentos perturbadores que vão interferir negativamente nas funções
biológicas.
Para compreender um pouco melhor essa relação entre as doenças físicas e as
causas metafísicas, vejamos alguns exemplos:
O corpo manifesta, por meio dos processos inflamatórios e infecciosos, as
turbulências energéticas geradas pela irritabilidade ou inconformismo da pessoa. Esse
estado interior surge em meio aos episódios desagradáveis que interferem
negativamente em casa, no trabalho ou mesmo nos relacionamentos, comprometendo
a harmonia numa dessas áreas da vida. Sem ter como evitar tais episódios, resta ao
indivíduo abalado pelas interferências ficar profundamente chateado e até irritado.
Esses sentimentos são nocivos ao sistema imunológico do corpo, enfraquecendo as
defesas do organismo e prejudicando o combate aos invasores, que, por sua vez, se
alojam nos órgãos, caracterizando as infecções.
A formação de nódulos, tumores ou cistos em determinado órgão representa as
forças energéticas que se tornam negativas por estarem acumuladas numa região do
corpo. Esse emaranhado energético é provocado pelos conflitos interiores que surgem
a partir da vontade de manifestar algo na vida, seguidos pela auto-sabotagem ou por
crenças contrárias à expressão dos conteúdos inerentes ao ser. Desse modo, a pessoa
impõe a ela mesma os bloqueios e recalques que a impedem de fluir livremente pelas
diversas situações da vida, respeitando sua integridade e preservando sua
originalidade.
O principal objetivo da metafísica da saúde é identificar, no extraordinário universo
emocional, a condição interna que se encontra em desarmonia, onde principiam os
desarranjos fisiológicos; é oferecer ao doente a consciência das condições internas
causadoras dos males físicos; é convidá-lo a uma reflexão sobre si mesmo, sugerindo
que ele reavalie seus sentimentos e mude algumas crenças. Desse modo ele estará
promovendo as reformulações internas necessárias para resgatar definitivamente a
saúde do corpo e conquistar a paz interior e a harmonia no meio exterior.
Existem algumas queixas de sintomas desagradáveis que não estão alojados no
corpo em forma de doença. Nesses casos, as pessoas não estão fisicamente doentes.
Elas têm o padrão metafísico da doença, mas numa intensidade insuficiente para a
somatização no corpo. Essa é uma ocasião oportuna para interferir no processo,
alterando a condição emocional antes de a doença se radicar no corpo.
A metafísica da saúde propõe-se a traçar um paralelo entre os órgãos do corpo e
as qualidades do ser, como se os talentos da alma representassem a fonte geradora
das energias necessárias para organizar os tecidos do corpo, mantendo tanto a coesão
atômica quanto a preservação das atividades biológicas, garantindo a saúde.
Dessa forma, a saúde representa a boa condição da pessoa no emprego dos
conteúdos interiores no meio exterior. A vida possibilita o exercício das qualidades, que
se transformam em habilidades. Ao atuar nos diversos setores da vida, como o
profissional, o afetivo, etc., desenvolvem-se aptidões que facultam ao indivíduo o poder
de lidar com o meio externo, aprimorando as qualidades e desenvolvendo as
habilidades.
Quando as pessoas deparam com as dificuldades da vida e não conseguem
administrar as adversidades, de maneira a continuarem vertentes suas aptidões no
meio externo, surgem os conflitos interiores, que se agravam ao ponto de se manifestar
no corpo em forma de doença.
Os tropeços da vida representam para alguns uma espécie de ferida que corrói
interiormente, minando as qualidades. Por outro lado, há quem passa pelas mesmas
dificuldades e não lesa o corpo, porque não se deixa abater pelos obstáculos do
cotidiano; passa pelas tormentas existenciais sem ruminar as indignações e cultivar a
revolta. Considera os tropeços como um caminho de amadurecimento e as desilusões
com as pessoas queridas como um processo de reciclagem e seleção nos
relacionamentos.
A metafísica da saúde não é um recurso empregado exclusivamente para os casos
de doenças. Apesar de se basearem nelas para explanação da filosofia do bem viver,
os estudos metafísicos objetivam principalmente a conscientização maior do indivíduo
e a compreensão dos processos existenciais, evitando o auto-abandono e tantos
conflitos que surgem nas pessoas ao lidar com as adversidades da vida.
A metafísica da saúde representa um excelente recurso de auto-ajuda, dando às
pessoas a compreensão necessária para que elas resolvam suas próprias dificuldades,
harmonizando-se interiormente. Melhora a auto-estima por meio da conscientização
dos potenciais inerentes ao ser, despertando autovalorização.
Fonte: Metafisica da Saúde - Valcapelli e Gasparetto

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

ACEITAÇÃO


Um das lições mais difíceis que precisamos aprender durante nossa vida é a aceitação.

O que quer que estejamos vivendo, por mais doloroso que seja, será mais facilmente suportado se conseguirmos aceitá-lo com todo o nosso coração.

Mas, chegar a este estágio, não é algo que aconteça repentinamente, ou sem alguma resistência de nossa parte. Ao contrário, quando um acontecimento nos causa grande sofrimento, tendemos a rejeitá-lo com todas as forças e a sermos invadidos pelos sentimentos de inconformismo e revolta.

Somente quando conseguimos alcançar um estado de consciência no qual percebemos de modo claro que todas as situações que vivenciamos são providenciadas pela existência, porque constituem lições essenciais ao nosso crescimento interior, é que o processo da aceitação começa a se tornar natural.

Até que isto aconteça, experimentamos inúmeras crises que, em sua maioria, tornam ainda mais duras as provas que temos de enfrentar.

A maturidade e a sabedoria trazem consigo o precioso dom da aceitação.

A partir do momento em que as desenvolvemos, a vida se torna um caminhar mais tranqüilo, onde vamos enxergando em cada fato uma lição a ser aprendida.

Quanto mais cedo chegarmos a este entendimento, maiores serão as chances de nos libertarmos da angustia e do inconformismo.

Qualquer situação em que você esteja, é uma situação dada por Deus - não a rejeite.. É uma oportunidade, uma ocasião para crescer. Se você escapa da oportunidade, você não crescerá.

As pessoas que vão para as cavernas do Himalaia e começam a viver lá, tornam-se muito ligados às cavernas, permanecem não crescidas. Eles permanecem infantis. Eles não se tornam experientes. Se você as trouxer ao mundo, elas vão ser destruídas, não serão capazes de suportar.

... Sim, é bom de vez em quando se mover para as montanhas, é bonito. Mas, tornar-se viciada, começar a pensar em renunciar ao mundo é totalmente errado - porque é nas tempestades do mundo que surge a integridade. É nos desafios do mundo que se cristalizam.

Lu-tsu disse: aceite a situação em que você está. Deve ser a situação ideal para você, por isso você está nela.

A existência cuida de você.
Ela é dada a você não sem uma razão.
Não é por acaso.
Nada é acidental.
Tudo o que você precisa é dado a você.

Se fosse a sua necessidade estar no Himalaia, você teria estado no Himalaia.

E quando surgir a necessidade, você vai achar que você quer ir para o Himalaia ou o Himalaia virá até você.

Acontece... quando o discípulo está pronto, o mestre chega.
E quando o seu silêncio interior está pronto, Deus chega.

E o que for necessário no caminho é sempre fornecido;
A existência cuida como mãe.

Então, não se preocupe.
Em vez disso, aproveite a oportunidade.

Este mundo de desafios - esta agitação constante no exterior - tem de ser usado. Você tem que ser uma testemunha disso, vê-lo. Aprenda a não ser por ele afetado. Aprenda a permanecer inalterado, tocado por ele - como uma folha de lótus na água.

E então você será grato, porque é só por estar alerta de todo o tumulto que um dia, de repente, "os deuses estão no vale." Você vê o desaparecimento do mercado, muito longe, tornando-se um eco. Esse crescimento é real.

E se você pode ser meditativo nas ocupações normais da vida, não há nada que não possa acontecer com você. A luz vai começar a circular, apenas seja vigilante.

Medite na parte da manhã e, em seguida, fique perto de seu centro.

Caminhe pelo mundo, mas mantenha-se perto do seu centro, vá lembrando-se de si mesmo.

Permaneça consciente do que você está fazendo...
E quando as coisas surgirem, aja, mas, não se identifique com a ação.
Continue a ser um espectador...

Faça o que for necessário, apenas como um reflexo.
Faça o que for necessário, mas não se torne um fazedor, não se envolva com o fazer.
Faça-o e finalize com ele, como um reflexo.

OSHO