quarta-feira, 23 de maio de 2012

A maneira como você está vivendo cria sua doença




Felicidade é a natureza do homem. Você não precisa se preocupar absolutamente sobre a felicidade, ela já está presente. Ela está em seu coração – você só precisa parar de ser infeliz, você precisa parar o funcionamento do mecanismo que cria a infelicidade.

Contudo, ninguém parece estar preparado para isso. As pessoas dizem, “Quero a felicidade”. Isso é como se você dissesse, ‘Eu quero saúde’ – e você continua se apegando à sua doença e você não permite a doença ir embora.

Se o doutor prescreve o remédio, você o joga fora; você nunca segue nenhuma receita. Você nunca vai para um passeio matinal, você nunca vai nadar, você nunca vai correr na praia, você nunca pratica qualquer exercício. Você continua comendo obsessivamente, você continua destruindo sua saúde – e continuamente você segue perguntando onde encontrar saúde. Mas você não muda o mecanismo que cria a enfermidade.

Saúde não alguma coisa a ser alcançada em algum lugar, ela não é um objeto. Saúde é um jeito de viver totalmente diferente. A maneira que você está vivendo cria enfermidade, a maneira que você está vivendo cria miséria.

Por exemplo, as pessoas chegam para mim e dizem que gostariam de ser felizes, mas elas não podem abandonar seus ciúmes. Se você não pode abandonar seu ciúme, o amor nunca irá crescer – as ervas daninhas do ciúme destruirão a rosa do amor. E quando o amor não cresce, você não pode ser feliz. Porque quem pode ser feliz sem o amor crescer? A menos que essa rosa floresça em você, a menos que essa fragrância seja liberada, você não pode ser feliz.

Agora as pessoas querem felicidade – mas apenas por querer, você não pode obtê-la. Querer não é o bastante. Você terá que penetrar no fenômeno da sua miséria, como você a cria – como em primeiro lugar você se tornou miserável, como você continua se tornando miserável a cada dia – qual é a sua técnica?

Porque felicidade é um fenômeno natural – se alguém está feliz não há nenhuma habilidade nisso, se alguém está feliz, não necessita de nenhum talento para ser feliz. 

Os animais são felizes, as árvores são felizes, os pássaros são felizes. Toda a existência é feliz, exceto o homem. Somente o homem é tão engenhoso para criar infelicidade – ninguém mais parece ser tão talentoso. Portanto, quando você está feliz, isso é simples, é inocente, não é nada para se gabar. Mas quando você está infeliz, você está fazendo grandes coisas a si mesmo; você está fazendo algo realmente difícil.

Osho, em "The Path of Paradox"
Fonte: Osho.com



Onde se pode encontrar a felicidade?


Onde se pode encontrar sempre a felicidade?

Procure no dicionário pela letra "f" – apenas ali você encontrará sempre a felicidade. Na vida, as coisas são muito misturadas. Dia e noite estão juntos, felicidade e infelicidade também. A vida e a morte estão juntas, assim como tudo está.

A vida é rica por causa das polaridades opostas. A própria ideia de que se gostaria de ser feliz para sempre é estúpida. A própria ideia trará apenas infelicidade e nada mais. Você se tornará cada vez miserável, porque estará cada vez mais perdendo a sua chamada “felicidade eterna”. A sua ganância é demais.

Então, quem é a pessoa feliz? A pessoa feliz não é aquela está sempre feliz. A pessoa feliz é aquela que é feliz mesmo quando há infelicidade.

Tente entender isso. A pessoa feliz é aquela que entende a vida e aceita as suas polaridades. Ela sabe que o sucesso é possível apenas porque o fracasso também é possível. Por isso, quando o fracasso vem, ela o aceita.

Lembro-me de um incidente na minha infância. Um grande lutador de luta-livre havia chegado na minha cidade. Todos eram muito interessados em luta-livre, assim, a cidade inteira se reuniu. Eu vi muitos lutadores em minha vida, mas ele era realmente raro. Havia algo de Zen nele.

Durante dez dias a luta-livre continuou, e todo dia ele derrotava um lutador famoso. Finalmente, ele foi declarado o vencedor. No dia em que ele foi declarado o vencedor, saiu pela cidade e tocou os pés das dez pessoas que ele havia derrotado.

Todos ficaram perplexos com o que ele fez. Eu era uma criança pequena, fui até ele e perguntei: “Por que você fez isso? É estranho".

Ele disse: “Eu sou vitorioso apenas por causa deles. Se eles não tivessem sido derrotados, se eles não tivessem permitido serem derrotados, eu não seria vitorioso. Assim, eu devo isso a eles. Como eu poderia ser vitorioso sem eles? Minha vitória depende da derrota deles, minha vitória não é independente deles. Eu, realmente, me sinto muito grato a eles. Havia somente uma alternativa: ou eu seria derrotado ou eles seriam derrotados. E são pessoas boas, eles aceitaram a derrota”.

Essa é uma ideia Sufi ou Zen. As coisas são interdependentes: sucesso/fracasso, felicidade/infelicidade, verão/inverno, juventude/velhice, beleza/feiura – todos são interdependentes, eles existem juntos.

E o homem que começa a buscar um polo contra o outro está se envolvendo em problemas desnecessários.  Isso não é possível, ele está desejando o impossível, e ele ficará muito frustrado.

                                                                                                                                           Osho


sexta-feira, 18 de maio de 2012

DOR NA NUCA E NOSSOAS EMOÇÕES:


A nuca é a parte que se situa entre a cabeça e o resto do corpo. É ela que faz a junção entre o cérebro e os seus executantes, que vêm a ser os braços e as pernas. A partir do plexo cervical que se situa na sua base, todas as vontades e as decisões de ação ou de relação vão ser enviadas em direção ao órgão ou ao membro mais adaptado para a sua realização. Logo, a nuca é um lugar onde os desejos ou as vontades ainda não emergiram, não começaram a aparecer e nem deram início ao gesto físico. Eles ainda não tiveram ligação com o mundo exterior. Assim sendo, a nuca representa o ponto de passagem do conceitual (cérebro, idéias, conceitos, desejos, vontades, querer etc.) para o real (ação, realização, relação, expressão etc.).
OS MALES DA NUCA:
As tensões, os sofrimentos ou o bloqueio da nuca exprimem a nossa dificuldade ou a nossa incapacidade para fazer com que desejos, idéias, conceitos, vontades etc. passem para o real. No entanto, ao contrário da tensão dos ombros, que significa globalmente a mesma coisa, no caso da nuca, estamos no estágio em que as coisas não chegaram "à porta" da passagem ao ato. Isso significa que não podemos fazê-las passar para o real, porque achamos que não somos capazes. A incapacitação é de nossa responsabilidade, ao passo que, quando se trata do bloqueio nos ombros, presume-se que ela venha dos outros, do mundo exterior. A irradiação na direção de um dos ombros que pode existir paralelamente nos dará uma indicação a mais - a da simbólica Yin ou Yang - cuja imagem interior nos faz pensar que não somos capazes. Que eu possa me lembrar, o caso mais clássico e mais simples é o do torcicolo. Essa tensão na nunca tem um efeito físico direto que nos impede, às vezes à custa de muita dor, de virar a cabeça tanto para a direita como para a esquerda.
Ora, qual é a significação universal do gesto de virar a cabeça para a direita e para a esquerda? Em todas as culturas do mundo, esse movimento quer dizer "não". É o sinal da discordância, da recusa, da não-aceitação em relação ao que acontece ou ao que o outro diz ou faz. O torcicolo nos impede de fazer esse gesto.

Ele demonstra a nossa incapacidade para dizer "não" a alguém ou a uma situação.
Achamos que não temos o direito, a possibilidade ou a capacidade de fazê-lo.

Esse exemplo me faz pensar em Bernard, executivo de uma grande empresa francesa de distribuição, que assistia a um dos meus seminários de empresa sobre a Dinâmica das Relações. Esse homem sofria de um torcicolo comprometedor havia três dias. Eu lhe perguntei então se ele vivia alguma situação à qual gostaria de dizer "não", coisa que se recusava a fazer pois achava que não podia ou que não tinha o direito de fazer. Antes de tudo, ele ficou desconcertado. No entanto, refletiu por alguns instantes e depois reconheceu, para o seu próprio espanto, que vivia, na realidade, uma situação profissional desse tipo. O presidente geral do seu grupo, do qual ele era um dos principais representantes regionais, tinha uma mania que considerava muito importante: a de organizar reuniões de prestígio para os seus executivos, que o Bernard chamava de "longa missa". Na sua opinião, essas reuniões, que duravam de um a três dias, não acrescentavam grande coisa, a não ser fazer com que ele perdesse tempo enquanto havia muito a fazer in loco. No entanto, não havia como recusar, dizia, senão, corria o risco de ser "desagradável", de que a recusa fosse mal "recebida". Ora, ele acabara de saber, três dias antes do seminário, que uma nova "longa missa" devia acontecer no mês seguinte, período em que ele normalmente estaria nas lojas da província pelas quais era responsável. Ele soube da novidade na segunda à noite e, na terça de manhã, acordou com um torcicolo que ainda o bloqueava na quinta durante o seminário. Ele decidiu então refletir sobre uma maneira de exprimir a sua discordância com a sua hierarquia, ou então, em caso contrário, de aceitar essas "longas missas".
Podemos ilustrar e fazer um resumo dos grandes eixos da parte "alta" do nosso corpo - nossos braços, nossos ombros e nossa nuca - no esquema que se segue. Ele possibilita uma visualização simples do que se passa e como se passa. Cada vez que temos tensões na parte superior do nosso corpo, elas são um sinal de que, na nossa relação com a ação (desejo, vontade, impossibilidade, incapacidade, medo etc.) ou com o poder sobre as coisas e sobre os seres, vivemos uma tensão equivalente.
Essa tensão está ligada ouà nossa suposta incapacidade (nuca), ou a uma incapacidade vinda do exterior (ombro). Estamos diante de algo que não podemos, não sabemos ou não chegamos a fazer.
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